Fogueira e procissão fazem parte das homenagens ao São João em Genova |
Na Itália, para grata surpresa, o San Giovanni é o patrono da cidade de Gênova e os festejos ocorrem no dia 24 de junho. As fogueiras em homenagem ao Santo, tradicionalmente acesas em frente às casas foram institucionalizadas em uma única fogueira, acesa no centro da cidade, defronte ao Palazzo Ducale. É bom lembrar que as fogueiras na Europa, além da homenagem a tradicional a história de Maria e Isabel, remetem também a antiga celebração pagã do solstício de verão - 24 de junho.
Fogueira na Piazza Matteotti, centro histórico de Genova |
Em 2010 as homenagens começaram na véspera, dia 23 com diversas atividades. Enquanto na praça Mateotti ocorria um show musical, um grupo de teatro proporcionou um espetáculo medieval pelas ruas dos centro, com direito a degustação de petiscos nos bares vizinhos. A padaria Fratelli Atzeni distribuiu “Pães de São João”, fazendo-me lembrar do nosso primo Pão de Santo Antônio. A meia noite é hora da Fogueira.
Grupos encena peças no centro histórico de Gênova |
No dia 24 a tradicional procissão sai da Catedral de San Lorenzo até o Porto Antico, retornando novamente a catedral, com as relíquias do santo. Abrindo o cortejo, grupos históricos carregam pesados crucifixos, ricamente adornados, chamados de Cristos Barrocos.
Grupos Históricos carregam pesados crucifixos |
As imagens são carregadas sem utilizar as mãos |
Relíquias do Santo e imagem do Cristo barroco |
História de São João
João Batista foi um pregador judeu do início do século I, citado pelo historiador judaico-romano Flávio Josefo (37-100 d.C.) e pelos os autores dos quatro Evangelhos.
Segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João era filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e é considerado, principalmente pelos cristãos ortodoxos, como o "precursor" do prometido Messias, Jesus Cristo.
A importância do seu nome, João, advém do seu significado que é "Deus é propício". Apelidaram-no "Batista" pelo fato de pregar um batismo de penitência (Lucas 3,3). Batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adaptados pelo cristianismo.
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