Uma das melhores maneiras de
conhecer um lugar é aproveitar a sua culinária. Aprende-se muito sobre a
cultura de um povo, tanto pelo o que ele come e também o que se bebe.
Infelizmente, em muitas cidades
da Itália, assimilar a cultura através do paladar é uma tarefa bem difícil, e
cara! Veja o exemplo em Milão.
Após conhecer a maravilhosa arquitetura
do centro, seu famoso Doumo e a Galleria Vittorio Emanuele, fui em busca de uma
autêntica pizzaria, indicação de uns amigos italianos. Conhecida na cidade por
preparar um tipo de pizza frita, chamadas de panzerotti, o lugar me pareceu
ideal para algo saboroso e diferente, mas para minha surpresa, encontrava-se fechado.
Chiuso per ferie! Fechado, porque não? Afinal era
agosto, mês de férias de verão. Se o lugar for tradicional e italiano, fecha
mesmo. Porque uma pizzaria teria que ficar aberta? A solução foi andar pelo
centro e procurar outra opção.
Andando pelo centro vemos
diversas pizzaria, com cardápio em 7 línguas, e coperto entre $2,50 a $4,00
euros por pessoa. Típicas armadilhas para turistas. Até a pizza al taglio (fatia), em uma rede fast food italiana, sai caro. Mesmo
um panini simples, pão e salame, tem preço absurdo. A opção para viagem, portare via, pode sair um pouco mais
barato, mas é bem difícil encontrar onde sentar.
Neste cenário perigoso, surgem
algumas alternativas anti-italianas, que na verdade acabam repletas de
turistas. Entre elas o MC Donalds. Pelo mesmo valor de um panini seco sentado na
calçada, os turistas encontram na lanchonete do Ronald: banheiros, mesas, cadeiras
e ar-condicionado. Tudo isso sem custo adicional, coperto ou taxa extra. Além
disso, oferece um cardápio conhecido a um preço pré-determinado, rápido e sem
surpresas, conveniente aos que tem pressa e muito que olhar. Durante uma
viagem, estes itens fazem muita falta, principalmente se você está andando o
dia todo.
O que seria inexplicável acaba fazendo
sentido. O centro de Milão possui vários MC Donalds, um na Galleria Vittorio
Emanuele, e um em frente ao Doumo. Próximo a estação de trem encontramos mais dois,
também freqüentados pelos italianos do centro.
Por isso no aperto, não tive
dúvidas, nem remorso. Matei minha fome na rede americana, e depois, à noite,
encontrei um lugar que realmente valesse uns trocados. Esta estratégia tornou-se bem
interessante em minhas viagens de lazer. Um lanche rápido no almoço,
preferencialmente algo típico do local e um jantar mais autêntico, se possível.
Leia Também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário